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Respire tranquilo: prevenindo a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
26/11/2024

Conhecida pela sigla DPOC, esta categoria engloba o enfisema pulmonar. É a sétima maior causa de mortes no Brasil, e é responsável por quase 25% das internações hospitalares. Apesar disso, poucas pessoas têm ciência do que ela é, e muitos dos que sofrem com ela não recebem um diagnóstico claro, prejudicando a prevenção e o tratamento.
Basicamente, a DPOC causa uma redução lenta e irreversível da capacidade de respirar, reduzindo o diâmetro dos brônquios ou a elasticidade do pulmão, acarretando em perda da capacidade de oxigenar o sangue. É bem mais prevalente entre os tabagistas: 70% dos acometidos fumam ou fumaram em algum momento de suas vidas. As mulheres fumantes, em particular, possuem um risco ainda mais elevado. Cigarros eletrônicos, maconha, infecções respiratórias que deixem cicatrizes, como a tuberculose, poluição atmosférica, inalação de fumaça de queima de biomassa, exposição a determinadas substâncias no trabalho ou deficiência congênita de enzimas protetoras do pulmão são outras causas.
Os sintomas de DPOC geralmente são leves no começo, o que dificulta o diagnóstico. Na maioria das pessoas tendem a se tornar mais perceptíveis a partir dos 50 anos, com um profundo impacto na saúde e na qualidade de vida do paciente.
- Falta de ar progressiva, inicialmente durante o exercício ou esforço, mas podendo afetar a pessoa mesmo em atividades cotidianas ou em repouso
- Tosse produtiva (com presença de catarro)
- Sibilância ou chiado no peito
- Perda de peso e de massa muscular (em casos avançados)
O ponto vital no combate à DPOC é saber que ela existe, assim como fazer exames e diagnóstico precoce. A doença pulmonar obstrutiva crônica não tem cura. É bem mais fácil preservar a função pulmonar do que restaurar o dano que a doença já causou.
O procedimento mais usado é a espirometria, que mede a capacidade dos pulmões. O tratamento é multidisciplinar e combina a eliminação dos fatores causadores da doença (como, por exemplo, a cessação do hábito de fumar), vacinação, atividade física regular, medicamentos devidamente prescritos.
Respirar é viver. Monitorar a função pulmonar com frequência é a melhor forma de assegurar o bem-estar da sua família. O InCor está sempre no aguardo.
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Dr. Alberto Cukier
Médico pneumologista
CRM-SP: 20443