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PACIENTES COM CÂNCER TÊM ATÉ 30% MAIS CHANCE DE TER DOENÇAS DO CORAÇÃO
22/10/2010
Reunião no Incor, que será aberta pelo ministro da Saúde José Gomes Temporão, alinha cardiologistas e oncologistas na definição de medidas para prevenir e normatizar terapêutica das doenças cardíacas em pacientes com câncer.
Uma iniciativa inédita em todo o mundo terá lugar neste domingo (24), às 8h, no Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP). O evento, que será aberto pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reunirá um grupo de 30 médicos de todo o País, entre cardiologistas e oncologistas, para traçar a I Diretriz Brasileira de Cardio‐ Oncologia. Coordenado pelo cardiologista do Incor Prof. Dr. Roberto Kalil Filho, o encontro buscará definir condutas para minimizar o risco cardíaco em pacientes com câncer tratados pela nova geração de medicamentos oncológicos. Segundo estudos, esses pacientes têm até 30% mais chances de ter doença cardíaca do que a população em geral. "Estamos convictos de que a formulação de uma diretriz para orientar a melhor conduta médica em cardio‐oncologia poderá reverter esse quadro, resultando em maior longevidade e qualidade de vida para esses pacientes", diz Dr. Kalil.
Trata‐se de um número (30%) alarmante que coloca, para a comunidade médica, um impasse. Se, por um lado, esses fármacos à base de inibidores de tirosina quinase são altamente eficientes no controle e no tratamento de diversos tipos de câncer ‐ mama, cólon, intestino e outros ‐, por outro, eles apresentam toxidade significativa para o coração.
Além disso, tratamentos mais eficientes no controle da doença estão fazendo com que esses pacientes cheguem a idades cada vez mais avançadas, quando o aparecimento e o agravamento dos fatores de risco para as doenças do coração são esperados.
Hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e síndrome metabólica passam, então, a fazer parte do quadro clínico, representando um importante desafio para o médico no sentido de garantir o controle do câncer com menos complicações cardiovasculares.
O volume de estudos sobre doença cardíaca em pacientes com câncer já é suficiente para que os especialistas consigam focar seu olhar crítico sobre essas informações até agora dispersas. “Esperamos extrair daí as melhores práticas para diminuir essa incidência alarmante e melhorar o bem‐estar desses pacientes”, diz o professor Roberto Kalil.
A equipe de coordenação da I Diretriz Brasileira de Cardio‐Oncologia é composta também dos seguintes médicos: Paulo Hoff, oncologista, diretor clínico do Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo) e titular da Disciplina de Oncologia da FMUSP; Jadelson Andrade, cardiologista e coordenador das Diretrizes da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia); Fernando Bacal, cardiologista do Incor e coordenador do Grupo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da SBC; e Ludhmila Hajjar, cardiologista do Incor e Icesp.
SERVIÇO
Reunião de criação da I Diretriz Brasileira de Cardio‐Oncologia
Data: 24 de outubro, às 8h
Local: Anfiteatro do Incor – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 – 2º andar – São Paulo/SP
JORNALISTA
PARA COBRIR NO LOCAL A REUNIÃO E A VISITA QUE O MINISTRO FARÁ ÀS INSTALAÇÕES DO HOSPITAL, NA SEQUÊNCIA DA ABERTURA DA REUNIÃO
É NECESSÁRIO FAZER CREDENCIAMENTO ATÉ SEXTA‐FEIRA (22).
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