Imprensa
Boletim Médico - Paciente Felipe Watanabe nº 3
18/04/2008
Felipe Watanabe, 2 anos, deixa Incor na tarde desta sexta-feira, 18 de abril.
A saga da família Watanabe em busca de um novo coração para o pequeno Felipe - que teve início no Japão há quase um ano e envolveu toda a comunidade brasileira no país -, encerra um capítulo importante nesta sexta-feira, 18 de abril. O pequeno Felipe, que foi submetido a um transplante de coração em 27 de fevereiro último, no Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), terá alta hospitalar nesta tarde.
Felipe deve permanecer com os pais – Fernando de Oliveira da Silva (31) e Salete Watanabe da Silva (28) - em São Paulo para continuidade do tratamento, que envolve, num primeiro momento, consultas médicas semanais, tratamento medicamentoso contínuo e realização de exames de avaliação. “Seguidas as orientações e o tratamento, que deve ser feito pela vida toda, um transplantado pode ter uma vida normal, bem próxima da rotina de uma criança comum”, explica a cardiologista Estela Azeka, da equipe clínica de transplante infantil do Incor.
Felipe foi admitido no Incor no dia 4 de fevereiro, vindo da UTI do Jichi Children´s Medical Center, no Japão, onde estava internado havia nove meses, com indicação de transplante. O menino adoeceu logo que os pais Fernando e Salete, que são brasileiros, chegaram ao Japão, a trabalho.
O diagnóstico da doença que levou Felipe para a fila do transplante foi miocardiopatia dilatada – condição na qual o coração dilatado não tem força de contração suficiente para distribuir adequadamente o sangue pelo organismo.
Assim que o menino teve indicação de transplante, sua família começou uma campanha na comunidade brasileira no Japão, para conseguir fundos necessários para trazê-lo de volta ao Brasil, diretamente para o Incor. Segundo Dr. Miguel Barbero Marcial, chefe da equipe cirúrgica de transplante infantil do Incor, não são permitidas doações de órgãos de pessoas com morte encefálica com menos de 16 anos, no Japão – pacientes que estão no país à espera de um órgão dessa procedência são enviados para transplante na Europa, Estados Unidos e, no Brasil, para o Incor.
A família de Felipe conseguiu apoio do Itamaraty para as passagens aéreas e os recursos da comunidade brasileira no Japão foram utilizados para custear parte do suporte de vida em vôo UTI, com acompanhamento de médicos japoneses e escala única nos Estados Unidos.
Em 27 de fevereiro, surgiu o órgão para o transplante de Felipe, que foi realizado pela equipe do Dr. Marcial com sucesso.
Assessoria de Imprensa
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